quinta-feira, 26 de julho de 2012

Estrutura Fundiária Brasileira

O grande problema da Estrutura Fundiária no Brasil é a extrema concentração de terras. A maior parte das terras ocupadas e os melhores solos encontram-se nas mãos de pequeno número de proprietários, os latifundiários. A expansão das áreas ocupadas pela agropecuária acabou contribuindo para agravar ainda mais esse problema. As lutas camponesas no Brasil começaram a se organizar desde a década de 1950, com o surgimento e a criação do Estatuto da Terra e a promessa de uma Reforma Agrária. Estratégia utilizada pelos governantes para apaziguar, os camponeses e tranquilizar os grandes proprietários de terra.

Ao abordar esse assunto em uma aula de Geografia a Professora, colocou em debate a atuação e organização do MST no Brasil, das atividades realizadas pelos jovens da CFR a jovem Iorrana ex - acampada  conta sua história:

MST - Movimento dos Sem Terra.

“Em 1997, pequenos grupos de família se organizaram nas margens da BR próximo a cidade de Ivaiporã, em busca de um lugar para viver com dignidade, pois muitos foram para a cidade forçados.
Depois de alguns meses resolveram  ocupar um latifúndio, pois era injusto o que estava ali acontecendo, a propriedade era muito grande, tinham poucos empregados e muitos gados e  essas terras foram adquiridas ilegalmente.

As famílias tiveram que persistir com muita luta força de vontade e organização para que pudéssemos ter hoje o Assentamento.Lá havia muitos jagunços, trincheiras, ameaças de morte e de desocupação.

Com o passar dos dias foi improvisado uma escola em barracos de lona, não havia casa,  só barracos. Depois de alguns anos foram feitas algumas de madeira, onde passou a funcionar a escola, mas eram poucas, não tinha energia e nem água, e tudo que se tinha era distribuído em coletivo.

Quando eu e minha família já estávamos melhor, já tinha mais casas de madeira, água encanada e luz. Uma lâmpada para cada casa, nós não podíamos ter chuveiro, pois era muito gasto, e todos usava da mesma energia, a estrutura da escola, da igreja e do posto de saúde já eram bem melhores também, mas ainda tínhamos muitas ameaças de desocupação.

As coisas só melhoraram um pouco, depois que o governo comprou as terras, e então fomos para os nossos lotes, dos  quais ainda ficamos três anos sem energia e sem casa de madeira ou de lona, também foi muito sofrido, mas tínhamos ainda a estrada para o ônibus passar para que pudéssemos ir para a escola.

Hoje está bom, mas ainda tem muito  que melhorar. Estamos construindo uma escola na parte central do assentamento, onde temos vários projetos a se regularizar.

De tudo o que se passou, aprendi que tudo tem sua hora e que não devemos ficar parados esperando as mudanças, temos que ter organização, compreensão, força de vontade e nunca desistir dos nossos objetivos, porque trabalho humano é ação dirigida por finalidades conscientes que permitem ao homem transformar a realidade em que vive”.

Autora: Iorrana F. da Silva -  9º ano

Prof. Cleodete Gomes Dionísio

quarta-feira, 25 de julho de 2012

JOVENS VISITAM A CFR EM PERIODO DE ALTERNÂNCIA

Os jovens: Daniel, Taila e Nathália e José Francisco estiveram, no dia 25/07/2012, em uma visita na CFR, onde estudam em regime de alternância.
É gratificante para nós os monitores perceber o interesse dos jovens pela Casa.
Os jovens questionaram as mudanças na CFR e elogiaram os móveis e equipamentos que a CFR recebeu neste ultimos dias.
Nathália diz: " A CFR está Maravilhosa"

      



A visita foi muito provitosa, pois  o interesse foi tão grande que os jovens se dispuseram a realizar atividades na horta da CFR, realizando o transplate de mudas de hortaliças.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Recursos recebidos do MDA

Em nível de informação, os recursos financeiros do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), utilizados desde a construção da CFR até agora, totalizaram R$ 332.680.50, esses recursos foram liberados e vistoriados pela Caixa Econômica Federal.
Na construção do prédio onde funciona a CFR um total de R$ 291.990,00.
No início do ano foram investidos em mobília: colchões, beliches e guarda-roupas um total de R$ 8.370,00 e recentemente  foi aberta uma licitação, a partir de 18/05/2012, para a aquisição de novos equipamentos e móveis para a CFR, com recursos que sobraram do MDA, recursos estes, que devido ao tempo de tramitação de documentação e construção da CFR renderam juros.

Foram licitados 21 itens, num valor total de R$32.320,50. Dentre os equipamentos e móveis podemos citar: computadores, impressoras, notebook, projetor multimídia, geladeiras, fogão, freezer, mesas e cadeiras para o refeitório, armários, pias, liquidificadores, panelas de pressão, tanquinhos para lavar roupas, entre outros.

A CFR de Lidianópolis adquire móveis de primeira qualidade e agora conta com praticamente todos os móveis necessários para o funcionamento da Casa.

Todas estas conquistas são resultados da organização dos onze municípios envolvidos, cujos maiores beneficiados são as famílias da agricultura, que poderão contar com este espaço de formação técnica para seus filhos(as), contribuindo não só para a formação, mas para a possível permanência dos jovens no campo.